quarta-feira, 20 de novembro de 2013

DOENÇAS RENAIS

DOENÇAS RENAIS

Dieta reduz frequência de hemodiálise

Pesquisa do Hospital Federal da Lagoa revela que doente renal crônico, que consome menos proteína, pode viver mais tempo sem esta terapia 
Estudo realizado no Hospital Federal da Lagoa (HFL), vinculado ao Ministério da Saúde, descobriu que pacientes com doenças renais que se submetem a uma dieta com menos proteínas podem viver mais tempo sem hemodiálise. A pesquisa foi coordenada pelo nutricionista do HFL, Felipe Rizzetto, e envolveu 321 pacientes. O trabalho foi selecionado para o XVI Congresso Internacional de Nutrição e Metabolismo em Doenças Renais, que acontece de 26 a 30  deste mês, no Havaí. O evento é um dos mais importantes do mundo na área.
Para o estudo, a equipe identificou 321 pacientes que recebem tratamento contra a doença no Hospital Federal da Lagoa há mais de três anos. Todos os pacientes pesquisados tinham doença renal crônica, mas ainda não se submetiam a uma terapia de diálise ou hemodiálise.
A pesquisa separou os pacientes em dois grupos. Um deles seguiu a dieta prescrita pelo grupo de nutricionistas do HFL. O outro grupo não seguiu o plano alimentar. “A função renal piorou em quem não seguiu a dieta e, se manteve, nos pacientes que foram fieis ao plano alimentar”, contou Felipe Rizzeto. Segundo ele, a alimentação aumentou o tempo de vida útil do paciente sem recorrer à hemodiálise. 
Dieta- O principal diferencial da dieta aplicada aos doentes renais está na dosagem das proteínas. O coordenador da pesquisa explica que o rim tem várias funções no corpo. Uma delas é depurar os produtos que vêm das proteínas. “Quando você sobrecarrega o rim, diminui a sua vida útil. A ideia do tratamento é, justamente, tentar sobrecarrega-lo o mínimo possível. Por isso, há a dosagem da proteína”, esclarece Rizzeto.
Para iniciar o tratamento, o nutricionista analisa o histórico alimentar do paciente observando, principalmente a dosagem de proteína ingerida. Também é analisado a quantidade de leite, ovos, carne, frango e grãos. “Se a pessoa está comendo mais proteína do que o corpo precisa, certamente está sacrificando sua função renal”, alerta. 
Também são autores do trabalho a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Denise Mafra, e os estudantes Julianne Cota, Karina Luna, Vanessa Oliveira e Luis Valverde.

retirei do site Ministério da Saúde

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