domingo, 6 de fevereiro de 2011

Gianfrancesco Guarnieri


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 Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri nasceu em Milão no dia 6 de agosto de 1934 e faleceu em São Paulo no dia 22 de julho de 2006, ele foi um grande ator, diretor, dramaturgo e poeta ítalo-brasileiro.


Minha vida gira em torno da hemodiálise. [ Gianfrancesco Guarnieri ]

É uma insuficiência renal crônica. Essa aí, ou você fica fazendo hemodiálise, três vezes por semana, como eu, ou faz um transplante. Ainda bem que existe a hemodiálise, sempre agradeço. Após quatro anos, sinto-me mais animado. A doença dá uma depressão terrível, aquele cansaço. Não é moleza, não. Mas, ao mesmo tempo, não é dizer: “Que terrível, morreu”. Morreu o escambau. Está aí e vai em frente, rapaz, com todo o sorriso de felicidade que tem. A ciência trabalha com essas tecnologias todas e, puxa, te dá um rim novo. Uma injeçãozinha e uma maquininha te viram o sangue de cabeça para baixo. Estou discutindo com os médicos para saber se vale a pena tentar o transplante ou se deixa para lá. Obs.: Sobre a doença. [ Gianfrancesco Guarnieri ]

E tem o lado que eu me preocupo cada vez mais, que é com as grandes questões filosóficas, os porquês disso, daquilo. De onde vem a vida? Vou lá saber… Aí começo a rir. Perguntar para mim mesmo é covardia. E é lindo você pensar de onde veio e para onde vai. Eu talvez me preocupe mais para onde vou. Mas sei que para onde vou terei uma calma. Se você me perguntar se tenho medo da morte, não tenho, me enturmo com o que vier. Eu tenho medo do sofrimento. Eu sei que o que vier vem de bom. Obs.: Sobre os porquês [ Gianfrancesco Guarnieri ]

Quando iniciei o tratamento, um dos rins tinha 29% de funcionamento e outro já foi extraído. Estava quase batendo as botas. Encaro a hemodiálise de forma positiva. [ Gianfrancesco Guarnieri ]

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